quinta-feira, 28 de julho de 2011

TEU SANGUE

Eu bebo, assim
o teu sangue:
bebo de beber
bebo de babar.

Rio e lavas
de eiras e beiras
do teu sangue azul,
ó poesia mal-me-quer!

Eu,
sufocado
com a lua-cacto
em minha goela
bebo teus ais
borbulhantes de
frígidas palavras
que eu regurgito
em lavras
incandescentes
de negritude.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Negrafias 02 Literatura e Identidade

Negrafias 02 Literatura e Identidade
Antologia de poetas negros